Finalmente! As eleições já foram, duas semanas de campanha que parecem uma eternidade, duas semanas em que não se fala de outra coisa e em que não se fala de coisa nenhuma. Foi triste ver os dois principais partidos a apostarem nas acusações mútuas, sem apostar em ideias e propostas. Para o PS essa táctica, apesar de tudo, funcionou. Perdeu a maioria mas manteve o poleiro. Para o PSD é que foi pior. O espírito do não fazer, acabar, rasgar não resultou e os portugueses não viram em Manuela Ferreira Leite uma verdadeira concorrente de Sócrates. Muitos devem ter pensado, do mal o menos que fiquem lá os socialistas. A campanha no fundo só serviu para os mais pequenos se valorizarem e, bem aproveitado o tempo de antena, para discutirem os problemas que preocupam os portugueses e mostrar aquilo que querem fazer, mesmo que o façam na oposição.
O CDS-PP teve uma vitória histórica, conseguindo converter em votos todos aqueles que afirmavam pensar como eles. O apelo ao voto útil teve os melhores resultados desde a dácada de 80 e Portas conseguiu os tão desejados "dois dígitos", ultrapassando a barreira dos 10% e garantindo 21 deputados na assembleia. 21 deputados que lhe conferem a participação "noutro campeonato", sendo o único partido que coligado com o PS (excluindo o PSD) garantiria a maioria absoluta. Espero que não haja coligações, isso retiraria o espírito de voto útil e estando na oposição como terceira força política haverá muito que negociar, podendo os portugueses ficar a ganhar.
Bloco de Esquerda mais uma vez a mostrar que o descontentamento social continua e que cada vez mais portugueses, jovens ou não, continuam a votar numa esquerda mais radical. Apesar de ter ficado atrás do CDS-PP, conseguiu duplicar os deputados na Assembleia da República e manter o seu posto como partido que movimenta as massas, com peso na política portuguesa.
O caso da CDU parece-me o mais sintomático de um discurso que não muda e que começa a saturar o povo. A luta pelos trabalhadores e os seus direitos é legítima e de saudar, porém há ideais que passam de moda, que têm o seu tempo e o tempo dos ideais comunistas parece estar a passar. É urgente uma melhor adaptação à realidade do país e à evolução das políticas e preocupações.
No final desta saga, temos ainda as eleições autárquicas que espero venham a eclarecer os portugueses de uma forma mais clara, apontando os verdadeiros problemas dos munícipes e deixando as querelas entre partidos e candidatos de lado, valorizando os programas eleitorais e aquilo que realmente pretendem fazer por cada cidade, por cada freguesia.
. Haiti
. Tachos, Tachinhos, Tac(mi...
. 2010
. 6.0
. Ainda de guitarra na mão....
. So True!
. O Melhor e o Pior do Nata...